sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Divã

A postagem abaixo é um texto que foi escrito no dia 30/11/11



Olá, meu quarto. Que saudade daqui. Faz tempo que não escrevo e nem sei dizer o porquê. Minha vida anda muito louca (como sempre) e perdi o gosto por escrever aqui. Tenho perdido o gosto por muitas coisas, mas não quero mais perder o gosto de escrever aqui. Eu tenho que voltar a escrever, sem medo. Sem medo de má interpretação, sem medo de mal julgamento, sem medo. O blog é meu, o quarto é meu, e eu tenho que fazer aqui o que eu quero. Quem não gostar, que não entre.


Verdade seja dita... Me apeguei profissionalmente a este meu espaço de desapego emocional, de desabafo diário. Me apeguei profissionalmente com a preocupação de escrever o que iria agradar ao meu público-alvo. Perdi o foco de falar o que tenho pra falar.


Há alguns dias atrás pessoas amigas vieram me dizer que não sou essa menina que tento mostrar. Que minha meninice é isso aí: é querer demais ser adulta, mas mostrar-me menina quando na verdade sou muito capaz de ser adulta. Eu quero ser adulta. E eu sou. Só não mostro que sou. Minhas palavras e ações não condizem com a realidade da minha pessoa. Costumo falar e fazer coisas idiotas, mas quem não faz? Eu preciso mudar. Preciso ser a mudança que quero que vejam em mim.

“O primeiro passo pra mudança é reconhecer que é preciso mudar!” (A. Menezes)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Aura


Essa brisa suave que transpassa os beijos dos meus vinte anos
Essa brisa suave
Não é a mesma brisa de sempre
Essa brisa suave é brisa sempre diferente

Não é a mesma brisa das brincadeiras de rua de meus dez anos
Aquela brisa muito suave
Não era a mesma brisa de sempre
Aquela brisa suave era sempre diferente

Não era a mesma brisa da minha curiosidade recíproca de meus dez meses
Ah, não era suave
Não era assim triste, assim calma
Meu brinquedo
Meu brinquedo de beijar e brincar

Eu era tão pequenininha, do tamanho de um botão
Que a brisa era forte quando tocava a minha mão
Só dormia de conchinha, encolhidinha
Abria a mãozinha e girava no ar
Queria pegar o vento

De leve e suavemente abria o biquinho
Mas só de leve, bem leve
Pois a brisa forte me assustava
Assim a brisa eu beijava

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Coração Sem Malícias


            Eu te amo meu amor perfeito que se instalou aqui dentro deste meu peito. Veio de repente não sei de onde e não sei o porquê, muito menos o que veio fazer neste meu coração infantil, que só uma vez mentiu, foi pra dizer que esse amor não é verdadeiro. Mas já está tudo consertado. Agora este amor está congelado no freezer de uma paixão mais comprida que um caminhão, mais rápida que um avião.

Quanta enganação, dentro de um só coração de pedra que nasceu por força de um olhar, um amigo-amor, que só depois de um tempo descongelou já fora do freezer da paixão nascida neste coração sem malícias de uma criança que cresceu e está agora numa folha vazia expressando sentimentos profundos que quem sabe um dia estará adocicando a receita do amor perfeito que veio da minha imaginação nascer num coração infantil.